A primeira referência histórica do
surgimento do município data de junho de 1758, através da doação que Gomes
Freire de Andrade, Conde de Bobadela, fez ao Coronel Thomáz Luiz Osório, das
terras que ficavam às margens da Lagoa dos Patos. Fugindo da invasão espanhola,
em 1763, muitos dos habitantes da Vila de Rio Grande buscaram refúgio nas
terras pertencentes a Thomáz Luiz Osório. A eles vieram juntar-se os retirantes
da Colônia do Sacramento, entregue pelos portugueses aos espanhóis em 1777,
cumprindo o tratado de Santo Ildefonso assinado entre os dois países.
Em 1780, o português José Pinto
Martins, que abandonara o Ceará em consequência da seca, funda às margens do
Arroio Pelotas a primeira Charqueada. A prosperidade do estabelecimento,
favorecida pela localização, estimulou a criação de outras charqueadas e o
crescimento da região, dando origem à povoação que demarcaria o inicio da
cidade de Pelotas.
A Freguesia de São Francisco de
Paula, fundada em 07 de Julho de 1812 por iniciativa do padre Pedro Pereira de
Mesquita, foi elevada à categoria de Vila em 07 de abril de 1832. Três anos
depois o Presidente da Província, Antônio Rodrigues Fernandes Braga, outorgou à
Vila os foros de cidade, com o nome de Pelotas, sugestão dada pelo Deputado
Francisco Xavier Pereira. O nome originou-se das embarcações de varas de
corticeira forradas de couro, usadas para a travessia dos rios na época das
charqueadas.
A grande expansão das charqueadas fez
com que Pelotas fosse considerada a verdadeira capital econômica da província,
vindo a se envolver em todas as grandes causas cívicas. Pelotas tem a segunda
maior concentração de curtumes do Estado e uma das maiores capacidades
curtidoras de couro e peles do Brasil.
O município tem tradição na cultura
do pêssego e aspargo. A produção do leite é o grande destaque na pecuária,
constituindo a maior bacia leiteira do Estado. Pelotas apresenta um comércio
ágil e diversificado com serviços especializados e empresas de pequeno, médio e
grande porte.
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